Pe. José Carlos dos Santos[1]
1. Formação sacerdotal, exercício do ministério e saúde mental
Não são incomuns as notícias que se referem a fragilidades psíquicas de ministros ordenados. Os casos que chegam aos noticiários se referem a presbíteros e bispos de diferentes idades e, muitos deles, ocupando funções de destaque na hierarquia da Igreja. Há algum tempo, o catolicismo tem sido abalado por denúncias de numerosos casos envolvendo patologias graves (incluindo atos criminosos) em ministros ordenados, cuja função e posição na hierarquia os colocariam acima de quaisquer dúvidas quanto à integridade moral e à saúde mental. Tais notícias causam impacto relativamente grande, tanto sobre os membros da Igreja católica quanto sobre a população em geral. Creio que questionamentos relativos a estas situações têm inquietado especialmente a nós, ministros ordenados. Nem sempre conseguimos entender o que acontece e, por isso, permanece a busca por respostas adequadas, que satisfaçam nossa necessidade de compreensão e para orientar as pessoas, que nos procuram carentes de informações.
O que dizer sobre estes fatos? Uma pesquisa prolongada e detalhada foi realizada por Pe. Luigi Rulla, psiquiatra e psicólogo italiano, idealizador do Instituto de Psicologia da Pontifícia Universidade Gregoriana, de Roma. Pe. Luigi tinha por objetivo saber se a formação oferecida nos seminários fazia com que os padres se tornassem psicologicamente mais saudáveis e amadurecidos que as demais pessoas. Nesta pesquisa Pe. Luigi Rulla, durante vários anos, desenvolveu estudo comparativo de jovens seminaristas, diocesanos e religiosos, com outros jovens não seminaristas, de idade semelhante, em diferentes países. De acordo com os resultados da pesquisa, a formação que é oferecida nos seminários, sejam eles diocesanos ou religiosos, não faz com que os seus membros sejam psicologicamente mais saudáveis que as demais pessoas. Em outras palavras, o seminário não consegue “resolver” ou “curar” nem as fragilidades psíquicas e muito menos os transtornos mentais propriamente ditos, que são refratários até mesmo aos longos anos de permanência e às múltiplas atividades formativas que são desenvolvidas nos seminários, em todo o mundo.
Há outras pesquisas que confirmam o resultado do estudo realizado por Pe. Luigi e colaboradores, pesquisas que se estendem aos dias atuais. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, nos anos 70, concluiu que 10 a 15% dos padres eram psicologicamente saudáveis, 60 a 70% eram emocionalmente imaturos, e 20 a 25% apresentavam sérias dificuldades psiquiátricas. Estes dados, embora alarmantes, simplesmente afirmam que do ponto de vista da saúde mental, há grande semelhança entre os ministros ordenados e a população em geral. Pesquisas realizadas com a população “leiga”, em diversos países, chegam a resultados fundamentalmente similares.
Estes dados permitem afirmar que a fragilidade psíquica dos padres é um reflexo da fragilidade psíquica de nossa população. O jovem que ingressa no seminário é oriundo da sociedade, e traz consigo as marcas de sua história de vida, de seu processo de desenvolvimento psíquico. Segundo os estudiosos, a formação no seminário, por mais eficiente que seja, não conseguirá atingir as fragilidades psíquicas que estejam situadas no nível do inconsciente. O que é inconsciente precisará de um método específico, técnico e profissional de abordagem, que escapa ao horizonte de abrangência do método ordinário de formação para a vida presbiteral e religiosa.
Diante destes fatos, a atenção da Igreja deve estar voltada primeiramente para o cuidadoso acompanhamento dos candidatos ao sacerdócio. O acompanhamento deverá ter atenção e acuidade para identificar os quadros de imaturidade psíquica, e oferecer os meios adequados para se atingir a maturidade, quando possível. Atualmente, em quase todos os seminários há a presença de psicólogos a serviço dos seminários e dos seminaristas, nas diferentes etapas do processo formativo.
A situação se torna mais complexa, contudo, pelo fato de que alguns transtornos mentais se manifestam apenas numa fase posterior, por vezes somente depois de passados vários anos da conclusão da formação inicial, e no exercício do ministério sacerdotal. Como acontece com a população em geral, alguns transtornos mentais se manifestam por consequência das exigências da vida, pelo peso e cansaço da caminhada.
Tirado do meio dos homens para o serviço dos homens, o ministro ordenado conserva em tudo a sua humanidade, incluindo fragilidades psíquicas, por vezes, de grande gravidade. Esta constatação exige particular atenção da Igreja e do próprio presbítero, para que o ministro ordenado seja sempre “ponte e não obstáculo para os outros no encontro com Jesus Cristo, Redentor do homem” (PDV: 1992, n. 43).
2. Tipologia das Fragilidades Psíquicas
Para a psicologia, o inconsciente é absolutamente cego diante da realidade. Ele é “o vasto território do psiquismo onde, habitualmente, a razão não penetra; território cuja fronteira não é comumente invadida pela luz da consciência” (Mohana: 2004, 11). O que isto quer dizer? Simplesmente que os ministros ordenados estão sujeitos a todos os tipos de fragilidades psíquicas e transtornos mentais, como as demais pessoas, conforme exposto anteriormente. O inconsciente, desconhecendo a realidade, não se interessa pelo que é conveniente ou adequado em relação à pessoa, às suas funções e responsabilidades, aos valores que é chamado a internalizar, ao bem que deveria fazer. Nas situações de fragilidades psíquicas e transtornos mentais, o inconsciente irá exercer diferentes graus de influência sobre os processos mentais, sendo possível chegar a situações em que assuma o completo controle das funções psíquicas. Quanto mais forte o inconsciente, menor a liberdade efetiva e consequentemente mais elevado será o grau de fragilização da pessoa.
O que dizer das fragilidades psíquicas mais comumente presentes entre os presbíteros? O que significam os nomes dos transtornos quanto à sua influência sobre o funcionamento mental? Um levantamento feito recentemente aponta para diferentes tipos de fragilidades psico-espirituais, que foram organizadas nas seguintes categorias:
1) Autonomia autocentrada e síndrome de burnout[2]:
2) Problemas afetivo-sexuais:
3) Transtornos mentais
4) Fragilidades psíquicas (ou psico-espirituais) – que não chegam a ser patologia
A compreensão dos fenômenos mentais acima assinalados nos remete ao conceito de estrutura mental, que enfatiza a estabilidade e continuidade da organização mental ao longo do tempo. À palavra estrutura associamos a ideia de estabilidade, de modo que quanto mais saudável a organização mental, mais estável será a pessoa. Quanto mais frágil a estrutura psíquica, menos resistência terá a pessoa às muitas situações e eventos que geram tensão e estresse, inevitavelmente presentes no mundo do trabalho, nas relações afetivas e interpessoais.
Num primeiro momento, o olhar se volta para o tipo de sintomas que são característicos de cada específico transtorno mental. Há sinais e sintomas que irão configurar, por exemplo, a depressão, o transtorno bipolar, os transtornos por uso de substâncias, etc. A esta consideração se deve associar a mensuração da severidade dos sintomas. A perturbação no funcionamento mental, causada pelo sintoma, deve ser clinicamente significativa, afetando os principais componentes constitutivos da personalidade, dentre eles a cognição, a regulação emocional e o comportamento. Os transtornos mentais “estão frequentemente associados a sofrimento ou incapacidade significativos que afetam as atividades sociais, profissionais ou outras atividades importantes”. (DSM-5: 2014, 20)
O que tudo isto tem a ver com a estrutura mental? A compreensão é muito fácil. Nenhuma pessoa esta imune, ocasionalmente, dos sinais e sintomas dos transtornos mentais. Há eventos e situações que são fortes o suficiente para temporariamente provocar alterações profundas até mesmo na mais resistente e estruturada das pessoas. Contudo, quando há normalidade estrutural, a alteração no funcionamento mental será proporcional à situação. A normalização das operações mentais, na maioria das vezes, é questão de tempo.
Em casos de fragilidade estrutural, infelizmente, a situação não é a mesma. A instabilidade no funcionamento mental será constante, em intensidade e de formas diversas. “Quase” sempre a pessoa estará afetada por sofrimentos psíquicos de diferentes e variadas grandezas. É o que significa a expressão “clinicamente significativo”. Haverá ainda “prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes” (DSM-5: 2014, 646), como dito anteriormente. A intensidade do prejuízo é variável. A depressão, por exemplo, pode passar quase desapercebida quanto ao prejuízo profissional, e estar causando significativo sofrimento psíquico. Mas o transtorno depressivo pode chegar ao ponto de incapacitar a pessoa, provocando alucinações e delírios. Neste aspecto, é determinante o tipo de organização estrutural: quanto mais acentuada a fragilidade da estrutura mental, maior será a fragilidade global da pessoa.
E como são afetados os componentes principais da personalidade? Quanto à cognição, sobretudo nas formas de perceber e interpretar a si mesmo, outras pessoas e eventos (DSM-5: 2014, 646). Haverá distorções na percepção da realidade e na organização das ideias, desde alterações leves, até as formas graves, como delírios e alucinações, presentes na esquizofrenia e psicoses. Muitos problemas do dia a dia têm origem e explicação na disfunção cognitiva do funcionamento mental. Nestes casos a pessoa compreende a realidade de forma subjetiva, fantasiosa, equivocada e distorcida.
A afetividade, outro componente estruturante da personalidade, terá alterações na variedade, intensidade, labilidade e adequação emocional (DSM-5: 2014,646). As alterações de natureza afetiva são normais, mas não são arbitrárias. Que tipo de sentimento ou emoção, e o quanto é intenso, tem razão de ser nos casos de normalidade estrutural. Nos casos de transtorno mental esta relação lógica será perdida. Haverá emoções muito intensas sem eventos que as justifiquem, ou haverá alterações (ou ausência de) no tipo de emoção que causará surpresa e desconforto para o observador externo.
Inevitavelmente, o funcionamento interpessoal será grandemente fragilizado nos transtornos mentais, em razão da alteração cognitiva e emocional. A capacidade de construir relações interpessoais saudáveis é apresentada por nomes importantes da psicologia como indício de saúde mental. Para Erik Erikson, a relação interpessoal em nível de intimidade é consequência da saudável organização da identidade. Somente depois de atingir a maturidade em nível de identidade é que se poderá construir relações interpessoais íntimas e saudáveis, como os relacionamento de amizade ou conjugal. O contrário também se verifica. Quanto mais caóticas as relações interpessoais, mais frágil será a estrutura mental.
Outro componente que é limitado, nos casos de estrutura psíquica frágil, é a capacidade de controle dos impulsos (DSM-5: 2014,646). A fragilização do controle dos impulsos ilumina a compreensão de fenômenos como a promiscuidade, o abuso no uso de substâncias e na alimentação, além do descontrole na expressão da agressividade, bem como os excessos na bebida e nas compras. Em síntese, o desequilíbrio no controle dos impulsos inclui falha na capacidade de resistir ao desejo de fazer alguma coisa que poderá prejudicar a si mesmo ou a terceiros (Campbell: 1996, 357).
Além das situações em que estão presentes os transtornos mentais, há muitos casos de imaturidades psico-espirituais, que não chegam a se configurar em transtornos mentais. Embora não sejam transtornos mentais, assim mesmo causam sofrimento psíquico e fragilizam a efetividade do exercício do ministério presbiteral. Procurando ser objetivo, trata-se dos casos em que o funcionamento mental sofre forte e imatura influência das necessidades psicossociais, como o exibicionismo, a agressividade, a sede de poder e domínio, a busca – nem sempre equilibrada – de superação da inferioridade, a dependência afetiva, a exacerbação da autonomia, a satisfação sexual, etc.
Nestas situações, há a presença e o influxo do inconsciente, mas a capacidade de percepção da realidade é conservada. O nível de ação do inconsciente é variável, e será determinante para o grau de controle que o indivíduo poderá atingir. Em algumas situações, a busca de crescimento aliada à ascese será suficiente, e será possível atingir suficiente equilíbrio. Em outros casos, a imaturidade estará tão radicada em esferas profundas da organização mental que o indivíduo deverá buscar ajuda profissional, para escapar da tendência à eterna repetição de comportamentos inconsistentes e imaturos. São ditas psico-espirituais porque conjuntamente há fragilidade psíquica e carência de empenho e maturação espiritual.
3. Considerações conclusivas
Feitas as considerações anteriores, creio ser possível e necessário destacar alguns princípios que poderão ser úteis para encaminhamentos relativos à formação inicial e permanente dos presbíteros e diáconos. Somos instigados por inúmeros fatos recentes a assumir atitude de humildade e corresponsabilidade. É necessário estar atento aos fatos, e a partir deles construir um aprendizado que seja aplicado não somente à vida individual, mas também à organização da Igreja como um todo, no que diz respeitos ao cuidado com as pessoas que a ela se consagram.
1. Recordo o que se disse anteriormente, quanto ao fato de que presbíteros e diáconos não sejam psicologicamente mais maduros ou saudáveis que as demais pessoas. A formação que se desenvolve nos seminários trabalha sobretudo a esfera da consciência, e mais acentuadamente a inteligência e a espiritualidade. Fragilidades de natureza inconsciente tendem a resistir ao processo formativo, sendo a origem das fragilidades psíquicas e transtornos mentais que têm causado inúmeras situações de sofrimento e escândalo.
2. Todo transtorno mental tem um componente de compulsividade. Como são consequência de fragilidades estruturais, de limites no processo de desenvolvimento e da ação de fatores inconscientes, a capacidade de controle, por parte do indivíduo, é fortemente limitada ou ausente. Isto significa que a pessoa, sem a necessária e indispensável ajuda profissional, não conseguirá evitar as dificuldades decorrentes do transtorno mental. O desconhecimento deste princípio, que está na base da psicopatologia, traz sérios problemas para a Igreja. Quanto à pedofilia, por exemplo, o próprio DSM-5 afirma que “a pedofilia em si parece ser uma condição para toda a vida” (p. 699). As dificuldades originárias de fragilidades psíquicas, portanto, devem ser tratadas observando-se o que é proposto pela literatura científica e pelo parecer de especialistas em saúde mental.
3. É evidente que os transtornos mentais, em razão do tipo e da intensidade dos sintomas, podem incapacitar o presbítero, temporária ou permanentemente, para o exercício do ministério. Como foi dito anteriormente, nos transtornos mentais há alterações nas funções cognitivas e afetivas, no modo de estabelecer relações interpessoais e no controle dos impulsos. O presbítero, em razão do ministério, trata diariamente de matéria de relevante delicadeza e gravidade, incompatíveis com as referidas disfunções no funcionamento mental. Há muitas situações de escândalo, descontrole e sofrimento que poderiam ser evitadas, para o presbítero, para os fiéis leigos, e para a Igreja.
4. Quanto à capacidade de recuperação da saúde mental, há significativa diferença entre os transtornos mentais. Em geral, não querendo ser pessimista, as dificuldades psíquicas decorrentes de acentuada fragilidade estrutural são muito resistentes à mudança. Diferente é a situação das fragilidades psíquicas transitórias, decorrentes de fatores exógenos. Não se pode designar uma pessoa estruturalmente frágil para um trabalho psicologicamente exigente, uma vez que esta pessoa terá limitada resistência para as situações conflitantes, para o estresse e a ansiedade.
5. Alguns transtornos mentais fragilizam a qualidade do insight, do autoconhecimento. Nestes casos, a pessoa terá dificuldade de perceber que necessita de ajuda, que é incapaz para a atividade ou função que está desempenhando. Terá, igualmente, dificuldade de aceitar o percurso terapêutico que lhe será proposto. Concretamente, não será suficiente perguntar se a pessoa aceita, se a pessoa deseja. Estarão fragilizadas a capacidade de compreensão e conjuntamente a capacidade volitiva, de fazer uso da vontade. Nestes casos em que a pessoa se mostra incapaz, alguém deverá tomar as decisões cabíveis, em benefício da pessoa envolvida e de terceiros.
6. Neste contexto são apropriadas as palavras de São João Paulo II: “o conceito de normalidade, isto é, da normal condição humana neste mundo, compreende também moderadas formas de dificuldade psicológica, com a conseguinte chamada a caminhar segundo o Espírito, também entre as tribulações e à custa de renúncias e sacrifícios”[3]. A organização mundial de saúde (OMS) define saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de afecções e enfermidades”. Se partirmos desta visão da OMS, o conceito de patologia se ampliará indefinidamente, uma vez que o completo bem-estar é praticamente inatingível. Há dificuldades que fazem parte da normalidade da condição humana, e poderão requerer a busca de ajuda profissional e espiritual, mas sobretudo significativo empenho e capacidade de renúncia.
7. É urgente o cuidado com a formação inicial no que se refere à dimensão humana. Em geral, as dificuldades psíquicas não nascem no seminário. São originárias das etapas iniciais da vida. Precisam passar pelo processo de discernimento, do acompanhamento e da verificação da efetiva maturação. O ministério presbiteral irá colocar grandes desafios para a pessoa, maiores que os desafios experimentados durante o tempo de seminário, normalmente. As fragilidades psíquicas não identificadas e trabalhadas no seminário poderão se manifestar e agravar em etapas posteriores.
8. A Igreja orienta para que se evite a admissão ao Seminário “de quantos sofram de qualquer patologia, manifesta ou latente (por ex., esquizofrenia, paranóia, distúrbio bipolar, parafilias, etc.), que seja capaz de minar a discrição de juízo da pessoa e, por consequência, a sua capacidade de assumir os compromissos e empenhos da vocação e do ministério”[4]. Esta norma, específica para a admissão ao Seminário, pode ser tomada como referência para orientar decisões relativas à presença de transtornos mentais durante o exercício do ministério ordenado.
9. É imprescindível a organização da pastoral presbiteral, com propostas efetivas para a formação permanente e integral. Iniciativas deverão ser direcionadas para a saúde psíquica dos presbíteros e diáconos, voltadas para o cultivo da saúde, para a oportuna identificação da fragilização psíquica, e para o fraterno cuidado com as pessoas que necessitem de auxílio. A pastoral presbiteral, para atingir o seu objetivo, deverá contar com a adesão consciente de todos aos quais se direciona. Somos sujeito e objeto da ação pastoral. “É importante que os fieis possam encontrar sacerdotes adequadamente maduros e formados”[5].
Embora não sejam poucos os fatos que atestem acentuadas fragilidades psíquicas em ministros ordenados, creio que seja correto afirmar que estes casos não representam a condição da maioria dos presbíteros. E não é o que predomina. Os muitos escândalos, tão minuciosamente divulgados pela mídia, têm seu efeito mitigado porque, na maioria das situações, os fieis leigos têm uma visão positiva do ministro ordenado, construída a partir de sua própria experiência, de seu convívio, desde a infância, com presbíteros que lhes transmitiram positiva visão da Igreja, do ministério ordenado, e da pessoa de Jesus Cristo. Reconhecendo que há muitos desafios que afligem profundamente a Igreja, não nos faltam recursos para enfrentá-los. Depende de nós, de nosso empenho, seriedade e abertura, e da consciência de nossa identidade e missão.
[1] Bacharel e Mestre em psicologia pela PUG – Roma.
[2] Nestes elencos, a letra “a” inclui as realidades consideradas mais presentes;
[3] L’Osservatore Roma, 25-26 gennaio, 1988, p. 4-5.
[4] Il dono della vocazione presbiterale, n. 191.
[5] Il dono della vocazione presbiterale, n. 82.